Fábio Gaspar foi vítima de asfixia mecânica; dois suspeitos foram presos e outros três estão foragidos
O empresário Fábio Gaspar, de 39 anos, conhecido como Fabinho Cross, morreu no dia 1º de setembro após ser agredido por um cliente e quatro funcionários da boate Almanaque, em Araraquara (SP). O laudo necroscópico do Instituto Médico Legal (IML) concluiu que a causa da morte foi asfixia mecânica causada por um golpe de mata-leão.
Na terça-feira (3), dois homens de 20 e 39 anos foram presos preventivamente, identificados como um cliente e um segurança. Outros três envolvidos, incluindo um segurança, um bombeiro civil e o gerente, estão foragidos.
Investigações
O delegado Renato Candido Soares afirmou nesta quarta-feira (4) que as imagens das câmeras de segurança mostram o momento da agressão.
“O laudo necroscópico saiu com resultado de asfixia mecânica. Tudo veio à tona após as investigações, as imagens de câmeras mostram cinco pessoas agredindo a vítima em outro ambiente para a qual foi levada. Neste local ela acabou sendo agredida com uma mata-leão, agarrada pelo pescoço e veio a falecer”, explicou o delegado.
Segundo a advogada da família, Josimara Veiga Ruiz:
"Ele foi assassinado, foi vítima de homicídio e as imagens da câmera mostram claramente cinco pessoas que tiveram ação direta na sua morte. Essas pessoas foram indiciadas pelo crime de homicídio qualificado. A conclusão do laudo é asfixia mecânica, que é o golpe conhecido como guilhotina ou mata-leão e não houve vestígio de drogas", afirmou.
Josimara também revelou que as imagens foram encontradas graças a uma denúncia anônima que levou os investigadores a localizar um HD escondido no forro do telhado do estabelecimento.
"Se não fosse essa denúncia anônima não chegaríamos a essas imagens e ficaria só a versão dos funcionários", completou.
O caso
De acordo com o Boletim de Ocorrência, policiais militares foram chamados pelo gerente da boate após Gaspar ser retirado do espaço por estar alterado e causando confusão, sendo contido pelos seguranças.
Testemunhas afirmaram que Gaspar havia quebrado uma garrafa de whisky e foi retirado com uso de força, incluindo o golpe de mata-leão. Quando a polícia chegou, Gaspar já havia sido levado à Santa Casa de Araraquara pelo SAMU, mas não resistiu.
Na época, a boate publicou uma nota lamentando o ocorrido e afirmando que estava colaborando com as investigações.
Próximos passos
As investigações continuam para localizar os foragidos, e o proprietário da boate também será investigado, segundo o delegado da DIG.
"A conduta do proprietário será analisada", finalizou.
O caso segue em investigação.
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