Fraude na embalagem indicava que produto era tipo 1, mas análise fiscal classificou como tipo 3, mais quebrado e com quirera.
Em uma ação realizada no dia 28 de outubro, agentes fiscais da regional do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em Araraquara (SP) apreenderam 2.119 pacotes de 5 quilos de arroz em uma rede de supermercados da cidade. A fiscalização revelou que o arroz, empacotado por uma empresa do Rio Grande do Sul, não correspondia à classificação informada na embalagem.
Segundo a análise fiscal, o arroz, que constava como classe longo fino e tipo 1, foi identificado como tipo 3, contendo uma porcentagem de quebrados e quirera que excedia os limites estabelecidos. De acordo com o anexo VII da Instrução Normativa Ministerial nº 06/2009, o percentual máximo de quebrados e quireras permitido para o tipo 1 é de 7,5% do peso. Contudo, o produto fiscalizado apresentou 24,59%, mais de três vezes o limite permitido.
Fiscais explicaram que a irregularidade configura fraude ao consumidor, colocando a responsabilidade sobre o embalador no Rio Grande do Sul, uma empresa reincidente em infrações desse tipo. Apesar disso, o nome da empresa não foi divulgado, já que a legislação exige o sigilo até o encerramento do processo administrativo.
O Ministério da Agricultura ressaltou que a empresa terá direito a apresentar defesa e, se as irregularidades forem confirmadas, deverá substituir os lotes não conformes e reenviar os produtos para reprocesso, sob supervisão fiscal. Os lotes foram apreendidos com base no Decreto Federal 6.268/2007 e na Lei 14.515/2022, que prevê penalidades severas.
A população é incentivada a denunciar qualquer suspeita sobre a qualidade de produtos vegetais ao Ministério da Agricultura, por meio da plataforma Fala BR, um canal criado pela Controladoria Geral da União (CGU) para atender o público de forma anônima ou identificada, auxiliando nas ações de fiscalização.
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