Declarada morta após afogamento, surpreende ao apresentar sinais vitais durante velório em Correia Pinto
Uma situação incomum e surpreendente deixou a cidade de Correia Pinto, na Serra Catarinense, em choque neste sábado, 19 de outubro de 2024. Durante o velório de Kiara Crislayne de Moura dos Santos, uma bebê de apenas 9 meses que havia falecido após um afogamento, familiares e amigos foram tomados pela emoção quando perceberam que a criança apresentava sinais vitais. A comoção gerou uma rápida intervenção do Corpo de Bombeiros, que a socorreu imediatamente.
O velório, que ocorria na capela mortuária São José, foi interrompido quando um farmacêutico presente no local utilizou um oxímetro infantil e constatou que Kiara apresentava saturação de oxigênio em 83% e batimentos cardíacos a 66 bpm. Diante da suspeita de que a bebê ainda poderia estar viva, os bombeiros foram acionados e confirmaram os sinais com um estetoscópio. A equipe observou batimentos cardíacos fracos e a ausência de rigidez nos membros inferiores, o que indicava possível atividade circulatória.
Apesar das pupilas contraídas e não reagentes, a pequena Kiara foi rapidamente transportada ao Hospital Municipal Faustino Riscarolli, onde novos exames foram realizados. O oxímetro registrou uma leve alteração, com 84% de SpO2 e 71 bpm. No entanto, um eletrocardiograma não detectou sinais elétricos, sugerindo ausência de atividade cardíaca. O Instituto Geral de Perícias (IGP) foi acionado para investigar o ocorrido e determinar as causas exatas do fenômeno.
A cidade de Correia Pinto vive momentos de grande comoção e incerteza. O caso de Kiara gerou discussões sobre a fragilidade dos diagnósticos médicos e o limite entre vida e morte, com muitos questionando se houve um erro ou se este é um fenômeno raro e inexplicável. A comunidade local se mobilizou em apoio à família, unindo-se em orações pela recuperação da criança.
O Major Varela, do Corpo de Bombeiros, declarou:
“Preliminarmente informo que o bebê, apresentava rigidez nos membros superiores, pupilas não reagentes, não apresentava perfusão sanguínea nas extremidades ao pressionar o dedo, por exemplo, embora apresentasse algum nível de saturação por oxigênio, leve contração nas mãos, também constatados no hospital, inclusive sendo feito eletrocardiograma, foi constatado não haver atividade elétrica no coração, que detecta o ritmo e a frequência cardíaca.” Disse o Major Varela Corpo de Bombeiros
O corpo será liberado para a família após a conclusão dos trâmites legais realizados pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), que está investigando o caso.
O que ocorreu durante o velório da bebê em Correia Pinto, ao ela apresentar sinais vitais após ser declarada morta, é um caso raro e ainda sem uma explicação definitiva. No entanto, existem algumas hipóteses médicas e científicas que podem esclarecer o que poderia ter acontecido:
Síndrome de Lázaro: Um fenômeno raro, conhecido como "retorno espontâneo da circulação" (ou Síndrome de Lázaro), pode ocorrer em pacientes que foram declarados clinicamente mortos. Esse fenômeno consiste no retorno temporário dos sinais vitais após tentativas fracassadas de ressuscitação ou após a parada cardíaca. Embora não seja completamente compreendido, acredita-se que a reversão de uma pressão intratorácica excessiva durante a reanimação possa causar esse retorno dos sinais vitais.
Erro de Diagnóstico: Pode ter havido um erro de diagnóstico inicial. Em situações de emergência, a avaliação de morte pode ser complexa, especialmente em bebês e crianças pequenas, onde os sinais vitais podem ser muito fracos. O corpo pode estar em um estado de atividade tão baixa que os aparelhos ou métodos usados para detectar batimentos cardíacos e respiração não foram suficientemente sensíveis para captá-los.
Catalepsia ou Estado Comatoso Profundo: Outra hipótese é que a criança poderia estar em um estado de catalepsia ou coma profundo, em que os sinais vitais são mínimos e imperceptíveis sem exames detalhados, como um eletrocardiograma ou exames neurológicos mais avançados. Em casos raros, a respiração e a atividade cardíaca podem ser tão lentas que parecem ausentes.
Problemas no Equipamento de Monitoramento: Equipamentos usados para monitorar sinais vitais podem apresentar falhas ou serem mal calibrados. A ausência de detecção precisa de batimentos cardíacos ou saturação de oxigênio pode ter levado a um diagnóstico precoce e incorreto da morte.
Embora esses sejam alguns dos possíveis cenários, cada caso precisa ser investigado cuidadosamente com base nos exames médicos e forenses.
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