Morre James Earl Jones, icônica voz de Darth Vader e Mufasa, aos 93 anos

Lenda do cinema e teatro americano, o ator deixou um legado imensurável no entretenimento.

 

Jesse Dittmar for The Washington Post/Getty Images

O ator James Earl Jones, eternizado por sua voz inconfundível como Darth Vader na saga Star Wars e Mufasa em O Rei Leão, faleceu aos 93 anos nesta segunda-feira (9) em sua casa em Nova York. A morte foi confirmada por seus agentes, mas a causa ainda não foi divulgada.

Jones era um dos poucos artistas a conquistar os principais prêmios do entretenimento americano: Emmy (TV), Grammy (música), Oscar (cinema) e Tony (teatro), formando o prestigiado "EGOT". Sua carreira, que abrangeu mais de seis décadas, marcou gerações com atuações poderosas, tanto no palco quanto nas telas.

Uma carreira brilhante

Nascido em 1931 no Mississipi, James Earl Jones começou sua jornada artística nos palcos da Broadway nos anos 1950, após servir no exército americano durante a Guerra da Coreia. Sua estreia aconteceu em 1957, mas foi em 1968 que ele ganhou destaque ao protagonizar a peça The Great White Hope, que lhe rendeu um prêmio Tony e, mais tarde, uma indicação ao Oscar pela adaptação cinematográfica da obra.

Em 1977, Jones deu vida a uma das vozes mais emblemáticas da história do cinema, ao dublar Darth Vader em Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança. Apesar de não aparecer fisicamente na tela, sua voz poderosa e sombria tornou o vilão um dos personagens mais icônicos da cultura pop. Ele reprisou o papel nas sequências da trilogia original e no filme Rogue One: Uma História Star Wars (2016).

Sua voz, que sempre foi uma marca registrada de sua carreira, também conquistou o coração de crianças e adultos como Mufasa, o rei leão, na animação da Disney O Rei Leão (1994). Sua interpretação foi tão marcante que, quando a nova versão computadorizada do filme foi feita em 2019, Jones foi escolhido para repetir o papel.

Premiações e reconhecimentos

Ao longo de sua carreira, James Earl Jones acumulou uma série de prêmios. Ele ganhou dois prêmios Emmy em 1991, por seus trabalhos em Conflito em Los Angeles e Anjo Maldito, além de outros seis indicações ao longo dos anos. No teatro, foram dois Tony Awards de melhor ator, um deles por The Great White Hope, e um prêmio honorário pelo conjunto de sua obra.

Seu Grammy foi conquistado na categoria de narração em audiolivro, por Great American Documents, em 1977. E embora nunca tenha vencido um Oscar por um trabalho específico, Jones recebeu o Oscar honorário em 2012, em reconhecimento por suas contribuições para o cinema.

Últimos trabalhos e legado

Nos últimos anos, James Earl Jones retornou a algumas de suas atuações mais memoráveis, como o papel de Jaffe Joffer, o rei de Zamunda, na sequência Um Príncipe em Nova York 2, em 2021, e a voz de Mufasa na nova versão de O Rei Leão.

James Earl Jones deixa uma marca indelével na história do cinema, do teatro e da cultura pop mundial. Sua capacidade única de encarnar personagens poderosos, muitas vezes sem sequer aparecer na tela, e sua voz icônica garantiram a ele um lugar especial nos corações de fãs de várias gerações.

Sua morte marca o fim de uma era, mas seu legado continuará a ser celebrado por décadas.

Fãs e colegas lamentam a perda

A notícia da morte de Jones gerou uma onda de homenagens por parte de colegas e fãs ao redor do mundo. Nas redes sociais, muitos compartilharam memórias e reconheceram a importância de seu trabalho para a cultura global.

Que a memória de James Earl Jones, um dos maiores atores de todos os tempos, viva eternamente nas histórias que ele nos contou e nos personagens que ele imortalizou.