Punição Justa: Comerciante Condenado por Abusos Contra Menores em Brotas (SP)
Suspeito de estuprar crianças é preso em Brotas — Foto: Mario de Barros/Arquivo pessoal |
Na sexta-feira (8), um comerciante de 30 anos foi sentenciado a 52 anos de prisão em regime fechado por crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes em Brotas (SP). O julgamento, marcado por relatos chocantes, expôs um histórico assombroso de violência e exploração.
Durante cerca de uma década, o réu atraía meninos com idades entre 10 e 13 anos para seu bar, onde oferecia comida, bebida e presentes. Segundo informações do Ministério Público, os abusos ocorreram repetidamente, totalizando pelo menos 520 vezes.
Os crimes não se limitaram apenas aos abusos físicos, mas também foram registrados por um sistema de câmeras de monitoramento. Uma das vítimas suportou os ataques dos 8 aos 15 anos. Na época da prisão, as autoridades identificaram mais de 30 vítimas.
O processo, corre em segredo de Justiça, o dC não conseguiu contato com a defesa de William Luiz Ferreira até a última atualização da reportagem.
Exploração Online e Acervo de Pedofilia
Além dos abusos presenciais, o condenado também utilizou redes sociais e telefone para aliciar crianças e adolescentes em pelo menos 34 ocasiões, incitando-os a praticar atos sexuais entre si e a enviar imagens íntimas. Na residência do acusado, a polícia encontrou um arsenal com mais de 6 mil arquivos contendo material de pedofilia e gravações dos abusos.
Julgamento e Sentença
O Judiciário considerou o réu culpado por estupro de vulnerável, aliciamento para práticas libidinosas e posse de mídias com registros pornográficos de menores de 18 anos. A pena imposta, totalizando 52 anos em regime fechado, deixa claro o repúdio da sociedade a esses atos abomináveis.
O comerciante, que já se encontra detido desde março de 2023, não terá o direito de recorrer em liberdade, garantindo que a justiça seja feita e as vítimas obtenham algum conforto após anos de sofrimento.
A prisão do criminoso ocorreu em uma operação policial intitulada "Doce Amargo", nome que faz referência a uma das estratégias utilizadas pelo agressor para atrair as vítimas oferecendo doces. O início das investigações foi desencadeado por uma denúncia anônima recebida pelo canal 181, que alertava sobre os possíveis estupros.
O investigador de polícia Mário Barros enfatizou a importância das denúncias anônimas e destacou que as investigações confirmaram os abusos denunciados, resultando na detenção do agressor e na apreensão de evidências que reforçaram a gravidade dos crimes cometidos.
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