Valdemar foi preso por porte ilegal de arma durante Operação Tempus Veritatis
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto — Foto: Beto Barata/PL |
Brasília, 8 de fevereiro de 2024 - A política brasileira foi abalada nesta quinta-feira com a prisão do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, pela Polícia Federal (PF), em decorrência da Operação Tempus Veritatis. O líder partidário foi detido sob a acusação de porte ilegal de arma, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão em sua residência, localizada no edifício Brasil 21, em Brasília, mesmo prédio que abriga a sede do PL.
A operação, que tem como objetivo desmantelar uma suposta organização criminosa envolvida em uma tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência após a derrota nas eleições de 2022, mobilizou a PF em uma ação coordenada em diversos estados brasileiros. Ao todo, foram expedidos 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares.
Os alvos da operação, confirmados por fontes da PF, incluem figuras proeminentes da política e ex-membros do governo Bolsonaro. Entre os alvos dos mandados de busca e medidas cautelares estão Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República; Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice de Bolsonaro em 2022; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, entre outros.
Além disso, a operação resultou em mandados de prisão para importantes figuras, como Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro; Marcelo Câmara, coronel do Exército; Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército; e Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército.
A Operação Tempus Veritatis foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e abrangeu os estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e o Distrito Federal.
A base da operação, segundo fontes da PF, é a delação de Mauro Cid, que teria fornecido informações cruciais que sustentaram os mandados de prisão, busca e apreensão. Integrantes da PF destacam que esta é a maior ação resultante da delação até o momento, consolidando avanços significativos nas investigações.
Em meio a esses acontecimentos, o vice-presidente do Partido Liberal Nacional, deputado federal Capitão Augusto, emitiu uma nota oficial afirmando o apoio "incondicional" a Valdemar Costa Neto. A nota ressalta a liderança excepcional do presidente do PL e expressa confiança na "habilidade em navegar pelos desafios políticos com sabedoria e integridade".
A prisão de Valdemar Costa Neto marca um episódio inusitado e preocupante na política brasileira, provocando questionamentos sobre a estabilidade democrática do país e sobre a relação entre o PL e a suposta tentativa de golpe de Estado. A sociedade brasileira agora aguarda ansiosa por mais informações sobre o desdobramento dessa operação e suas implicações para o cenário político nacional.
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