Testemunha foi ouvida nesta querta-feira (03)
A chocante descoberta dos corpos de Anderson Marinho, Mirele Tofalete e a filha Isabelly, em um canavial próximo a Votuporanga (SP), foi seguida por revelações perturbadoras. Em um desdobramento recente, uma testemunha, durante seu depoimento à Polícia Civil nesta quarta-feira (3), trouxe à tona informações surpreendentes sobre o caso.
Segundo o relato da testemunha à polícia, Anderson Marinho, de 35 anos, estaria envolvido no transporte de maconha na quinta-feira (28), data do desaparecimento dele, da esposa e da filha. As autoridades, em respeito à investigação em andamento, optaram por não divulgar detalhes específicos sobre o conteúdo transportado, mas salientaram que o depoente é considerado suspeito de vínculo com atividades ligadas ao tráfico.
Os corpos de Anderson, Mirele e Isabelly foram encontrados quatro dias após o desaparecimento, com sinais evidentes de execução a tiros e em avançado estado de decomposição. O veículo da família foi localizado no mesmo local e exibia marcas de tiros, enquanto o homem estava fora do carro, e mãe e filha foram encontradas no interior do veículo. A presença de munições e cartuchos deflagrados, todos de calibre 9 milímetros, foi notada no local.
A investigação revelou ainda que momentos antes do desaparecimento, houve uma tentativa de ligação para o 190, o número de emergência da Polícia Militar, feita do celular da adolescente Isabelly, mas a ligação não foi concluída.
Informações adicionais trazidas à tona indicam que Anderson Marinho havia sido ameaçado de morte anteriormente e possuía antecedentes criminais relacionados ao tráfico de drogas.
O delegado Everson Contelli, Seccional em exercício em Votuporanga, ressaltou a importância dos laudos periciais, os quais devem elucidar a cronologia dos eventos e fornecer detalhes cruciais para o desenrolar das investigações. A polícia mantém esforços em análises periciais, coleta de depoimentos e levantamento de informações através de câmeras, buscando esclarecer os contornos desse crime brutal.
Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML), e embora não tenha sido realizado velório, os enterros aconteceram na manhã seguinte, no Cemitério Jardim Parque das Primaveras, em Olímpia.
Este desdobramento traz novos elementos a um caso já marcado por grande comoção na região e continua a levantar questionamentos sobre a sequência de eventos que levaram à morte da família. As autoridades seguem empenhadas na busca por respostas e justiça diante deste crime brutal e perturbador.
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