Suspeitas de Fraude na Su Entrelinhas, Ateliê de Costura da ex-detenta
Suzane von Richthofen, conhecida por sua participação em um dos crimes mais chocantes da história brasileira, abriu as portas da Su Entrelinhas, seu ateliê de costura, em janeiro de 2023, após deixar a prisão. O empreendimento, que prometia customização manual de diversos itens, agora está envolto em polêmica após a revelação de que a loja estaria vendendo produtos falsificados de marcas de luxo.
A denúncia veio à tona através do blog True Crime, de Ullisses Campbell, vinculado ao jornal O Globo. Segundo a reportagem, Suzane von Richthofen teria terceirizado a produção de alguns de seus produtos, incluindo sandálias, bolsas e capas de computadores, e os estaria comercializando com nomes de marcas renomadas, sem a devida autorização.
O caso mais evidente é o da sandália Havaianas, apresentada no catálogo da Su Entrelinhas como um produto exclusivo da grife italiana Gucci. O modelo, que supostamente era personalizado com o nome do comprador, era oferecido por R$ 160, um valor considerado bastante acessível para um produto de suposto luxo.
A Gucci, ao ser procurada para comentar o caso, afirmou categoricamente que não fabrica o modelo de calçado divulgado pela Su Entrelinhas. Em comunicado oficial, a marca alertou os consumidores sobre a importância de validar a autenticidade de seus produtos por meio de comprovantes de compra originais de boutiques Gucci, Gucci.com ou revendedores autorizados. A empresa reiterou que produtos autênticos Gucci são vendidos exclusivamente por canais oficiais, destacando que a Su Entrelinhas não está entre os estabelecimentos autorizados.
A revelação levanta sérias preocupações sobre a conduta ética da loja de Suzane von Richthofen, que se beneficiava da fama da marca italiana para atrair consumidores. Além disso, há a possibilidade de enfrentar consequências legais por venda de produtos falsificados.
O escândalo pode impactar a reputação da Su Entrelinhas e gerar reflexos negativos para a ex-detenta, que tentava recomeçar a vida após cumprir sua pena. As autoridades competentes e órgãos de defesa do consumidor estão sendo acionados para investigar a situação e garantir que a verdade seja esclarecida.
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