John Kennedy e Germán Cano marcam entre 35 e 41 minutos do segundo tempo
Virada épica!
O Fluminense estava sendo eliminado da Conmebol Libertadores até os 35 minutos do segundo tempo. Aos 41, comemorava o gol de Germán Cano, o da virada num Beira-Rio com 50 mil pessoas. Em seis minutos, o Flu marcou com John Kennedy e o argentino, artilheiro do torneio, para avançar à decisão após 15 anos. No primeiro tempo, Mercado havia colocado o Inter em vantagem. A virada, porém, encerra o sonho do tri. Por outro lado, o time carioca tentará a glória eterna pela primeira vez.
Como fica
Classificado à final, o Fluminense aguarda o vencedor de Palmeiras e Boca Juniors para conhecer o adversário na decisão. As equipes se enfrentam nesta quinta-feira, no Allianz Parque. Na ida, empate sem gols na Bombonera. A finalíssima da Conmebol Libertadores acontece no dia 4 de novembro, um sábado, no Maracanã.
Primeiro tempo
Empurrado pela torcida, cantando alto desde que a bola rolou, o Inter tomou as primeiras iniciativas, embora não tenha conseguido transformar em chances claras nos primeiros momentos. O Fluminense, que passou mais de cinco minutos iniciais quase sem passar do meio-campo, teve a primeira chegada. Próximo dos oito minutos, Cano arriscou de muito longe para testar Rochet, que defendeu em dois tempos, sem perigo. No lance seguinte, Wanderson avançou pela esquerda e obrigou Fábio a defender. No escanteio, Alan Patrick cobrou, o goleiro tricolor saiu errado, trombou com Nino, e Mercado ganhou no alto para tocar de cabeça para as redes: 1 a 0. Aos 14, Mauricio recebeu com espaço, invadiu a área e bateu firme, mas Fábio evitou o segundo gol colorado. O Flu, ainda que ultrapassasse os 60% de posse de bola, encontrava um Inter bem compactado, com imensa dificuldade de criar. Cano chegou a acertar a trave, já na reta final da primeira etapa, mas o lance foi invalidado na sequência por impedimento.
Mercado comemora em Inter x Fluminense (Foto: MAURO PIMENTEL / AFP) |
Segundo tempo
Fernando Diniz promoveu duas mudanças no intervalo, com as entradas de Martinelli e John Kennedy nas vagas de Felipe Melo e Alexsander. O time seguia mais com a bola, se expondo mais na defesa, na necessidade de empatar o jogo. A primeira chegada foi aos sete. Em sobra de bola, Cano bateu forte, mas longe da direção do gol. O Inter seguia neutralizando o ataque adversário e arriscava em escapadas em velocidade. Em uma delas, Enner Valencia só não marcou porque Nino foi cirúrgico no corte dentro da área. O equatoriano, aliás, perdeu duas chances claríssimas. Aos 25, após cobrança de falta de Alan Patrick, o centroavante cabeceou livre, mas errou o alvo. Aos 32, recebeu de Carlos de Pena com espaço, avançou, mas bateu para fora. As oportunidades perdidas por uma das estrelas do time custaram caro. Aos 35, Cano recebeu e serviu John Kennedy, que deu um toque por cima de Rochet para igualar o placar, no que foi a primeira finalização do Flu no alvo na segunda etapa. Seis minutos depois, Yony González acionou John Kennedy, que raspou na bola para Cano. Com um toque, o goleador do torneio estufou as redes para virar o jogo. Esfacelado, o Inter não teve forças para buscar o empate. Fluminense na final da Conmebol Libertadores após 15 anos.
Cano - Inter x Fluminense - Libertadores 2023 (Foto: Pedro H. Tesch/getty) |
Faz o duplo L
O artilheiro da Libertadores estava discreto, praticamente sem assustar Rochet. Mas Germán Cano precisa de apenas uma bola para decidir um jogo. O Fluminense acabara de empatar o placar, e o camisa 14 recebeu dentro da área, aos 41 minutos, para, em um chute, virar a partida e colocar o Tricolor na final. Foi o 12º gol do argentino, igualando a marca de Pedro, do Flamengo, na edição passada.
Germán Cano comemora gol da virada do Fluminense contra o Internacional (Foto: Gustavo Garcia) |
50 mil no Beira
A vitória do Fluminense foi vista por 50.002 torcedores no Beira-Rio. Foi a terceira vez que o clube supera os 50 mil desde a reforma do estádio, para a Copa do Mundo do Brasil, em 2014. O número, porém, não supera os 50.479 torcedores que estiveram na vitória sobre o River Plate, na volta das oitavas de final da mesma edição da Conmebol Libertadores, no que é o recorde atual.
Em busca da Glória Eterna
O Fluminense chega à segunda final de Libertadores em sua história. Na primeira, em 2008, caiu para a LDU nos pênaltis no Maracanã. Uma década e meia depois, terá a chance da redenção no mesmo palco, desta vez em jogo único. Em caso de título, o Tricolor será o 11º time brasileiro a conquistar o torneio.
No calendário
No fim de semana, os times voltam as atenções ao Campeonato Brasileiro, com clássicos pela frente, válidos pela 26ª rodada. O Inter encara o rival Grêmio, no Beira-Rio, e o Fluminense recebe o líder Botafogo, no Maracanã. As duas partidas acontecem domingo, às 16h.
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